domingo, 10 de agosto de 2008

Diana Abreu - Novo Ciclo!

Pois é meus queridos visitantes! Após um período de adaptação e de introspecção, venho por este meio esclarecer todas as dúvidas e equívocos relativos à minha saída dos Tragic Comic. Gostaria antes de mais de agradecer a todos os que me procuraram pessoalmente, telefonicamente e via Internet, questionando se os Tragic Comic iriam continuar, se eu iria continuar a cantar e o que é que afinal se tinha passado. Não queria ser muito extensa, pois esta é definitivamente uma página virada e gostaria muito que todos compreendessem que para meu bem, e também para o bem dos Tragic Comic, este assunto precisa ser encerrado para que possamos todos continuar as nossas vidas da melhor forma possível. Mas deixa lá ver o que sai daqui!...Seria mais fácil para mim dizer que está tudo bem, que os Tragic Comic não me fazem absolutamente falta nenhuma e que agora tudo é melhor. Mas felizmente para uns e infelizmente para outros... "Não há bela sem senão"... e se é verdade que depois deste período de silencio, em que aproveitei bastante para pesar prós e contras quanto à minha saída, me apercebi de facto que os nossos rumos tinham de seguir caminhos diferentes, também é verdade que deixo para trás 7 anos de momentos únicos, de aprendizagens fundamentais e de experiências musicais e pessoais muito ricas que em muito contribuíram para que eu me tornasse no ser humano que sou hoje. Por isso serei sempre grata. Ao contrário do que muita gente pensa, a minha saída dos TC não teve nada a ver directamente com o facto de estar à espera do meu primeiro filho. Simplesmente deixei de poder dormir 3 ou 4 horas diárias como era habitual até saber que estava grávida... Deixei de poder fazer determinado tipo de sacrifícios que faria e fiz se não estivesse grávida... como me parece natural. Os Tragic Comic não me expulsaram por eu estar grávida. A minha saída foi uma decisão tomada por mim e não o contrário. A minha saída também não teve nada a ver com o facto de manter o projecto Grooveland, não em paralelo, mas em segundo plano em relação aos Tragic Comic. Pelo menos para mim! Este é um projecto que me dá imenso gozo, que me dá algum trabalho e que paga algumas das minhas contas mensais, ao contrário (infelizmente), dos Tragic Comic, com quem sempre tive contrapartidas muito positivas... mas nunca monetárias...! Contudo, para todos os que me conhecem minimamente os Grooveland nunca estiveram acima dos Tragic Comic no que respeita a prioridades! Os membros do projecto sempre souberam que a minha prioridade eram os Tragic Comic, e verdade seja dita, momentos houve em que foram prejudicados por aceitarem trabalhar comigo assim mesmo! Os Tragic Comic vão continuar a traçar os seus caminhos e a minha saída em nada faria a banda parar. Isto para acalmar todos os fans que me questionaram sobre isso. Simplesmente continuam sem mim, e ao que parece, basta visitarem os espaços cibernautas dos mesmos, para perceber que a banda está agora mais unida do que nunca e determinada a continuar! A minha saída deste projecto teve apenas a ver com alguns conflitos pessoais que se geraram no seio da banda, conflitos esses que não respeitavam as diferenças de personalidade entre mim e alguns elementos, e como tal, a separação foi a decisão mais viável. Muitas são as ocasiões em que nos deparamos com as diferenças que existem no seio de um grupo de pessoas e em que somos obrigados (e ainda bem) a trabalhar essas diferenças no sentido da aceitação, porque ninguém é perfeito e muitas vezes somos mais rápidos a apontar o dedo, do que a corrigir e decifrar os nossos próprios defeitos. Eu tentei por tudo aceitar e conviver com pessoas.. amigos que em muitos aspectos seriam meus semelhantes, mas noutros aspectos eram e são muito diferentes de mim. Colocar-me no lugar de cada um deles foi um exercício muito positivo que aprendi a fazer, no sentido de poder melhorar sempre, como pessoa, como membro de um projecto de vida, como mulher e como Amiga. Mas isso não foi suficiente e as diferenças acabaram por se agravar na mesma! E quando os conflitos e os estímulos negativos começaram a ultrapassar em larga escala as repercussões e aprendizagens positivas, nada mais me restou senão o afastamento. Como em todas as relações, a responsabilidade de as coisas não correrem sempre de feição nunca é de uma só parte, pelo que assumo a inteira responsabilidade dos meus erros. Contudo, a consciência que carrego para a minha almofada todas as noites fez-me perceber que ali não havia mais lugar para mim, como a Diana, que para além de vocalista, também é uma mulher sensível! Nem sempre os meios justificam os fins e uma vez que comecei a discordar de algumas estratégias adoptadas pela banda no sentido de chegar "Lá", só me restou a separação. Quanto a mim, eu concerteza que continuarem a cantar! O voto de confiança que muitos depositaram em mim questionando se isso iria acontecer, deu-me muita força para continuar aquilo que comecei há cerca de 10 anos. Sou uma viciada... Não conseguiria parar mesmo que quisesse. Neste momento encontro-me com os Grooveland que em muito me têm segurado esta ânsia de cantar, de evoluir e de crescer a todos os níveis e também me encontro a cantar com o Marco Alonso num projecto muito interessante de Flamenco, e com o Nuno Tavares, um excelente pianista, revisitando alguns standards de jazz. Não quero ser famosa, nem tão pouco quero ser rica! Apenas quero poder transmitir a minha mensagem na forma daquilo que sou para quem me quiser ouvir. Consegui isso durante algum tempo com os TC, um tempo que já acabou, e vou continuar a fazê-lo sem eles, pois na Natureza, nada se ganha, nada se perde mas tudo, tudo se transforma! Perdoem o testamento mas era necessário colocar um ponto final neste episódio. É uma página da minha vida que existe, e ficará para sempre gravada na minha memória. Mas é uma página virada! Um abraço para todos e já sabem! Muita paz para todos Vós! ;)